Investimentos nos EUA: desvendando oportunidades

Investir nos Estados Unidos tem se tornado de grande interesse para os brasileiros e estrangeiros de todo o mundo.

Além de ser o maior mercado, é um país com muitas possibilidades e atrativos.

Como funciona o mercado de investimentos americano?

O mercado de investimentos americano é um dos mais sofisticados do mundo. 

As ações são negociadas nas duas maiores bolsas de valores: a NYSE (Bolsa de Valores de Nova York) e a NASDAQ

Os investidores podem comprar e vender ações de empresas listadas nessas bolsas, bem como de outras bolsas em todo o mundo que têm relações comerciais com os EUA. 

por dentro da NYSE. Imagem: cision pr newswire
nasdaq. imagem: the diwire

O funcionamento do mercado financeiro americano é regido por uma série de leis e regulamentações. 

Dessas inclui-se a Securities Act de 1933 e a Securities Exchange Act de 1934, que estabelecem as regras para a emissão, negociação e regulamentação de valores mobiliários nos Estados Unidos. 

Essas regras foram definidas após a queda da bolsa de valores em 1929. O intuito foi de regular o mercado de ações e prevenir abusos relacionados com a venda e oferta de títulos e relatórios corporativos. 

Comissão de Securities and Exchange. Fonte: www.sechistorical.org

O mercado financeiro americano é altamente regulado pelas autoridades financeiras do país, tais como a Securities and Exchange Commission (SEC). Essa autoridade tem o objetivo de proteger os investidores e garantir o bom funcionamento do mercado.

Composição do mercado de capitais nos EUA

Nos Estados Unidos temos o FED (Federal Reserve System) e o FOMC (Federal Open Market Committee). 

Símbolo do FED. Fonte: R7
FOMC. Fonte: tdmarkets.com

O FED é o Banco Central dos Estados Unidos, como se fosse o Banco Central do Brasil. Enquanto isso, o FOMC faz parte do FED. 

Investimento em Renda Fixa

Conhecidos como bonds, esses são títulos de dívidas que oferecem o pagamento de juros mediante condições que são conhecidas previamente. Em outras palavras, funcionam como forma do governo arrecadar dinheiro para investir e sanar sua dívida pública.  

Existem dois bonds principais

Treasury Bonds ou T-bonds

São emitidos pelo Tesouro Americano representando dívidas do Governo. Por serem garantidos pelo governo dos EUA, são considerados como um dos investimentos mais seguros no mundo.

O prazo de vencimento deles é de 10 anos ou mais e paga-se juros semestrais até a data limite.

Fonte: currency.com

Como funcionam?

Os Treasury Bonds são emitidos diretamente pelo Tesouro dos Estados Unidos em leilões públicos realizados mensalmente. O preço e a taxa de juros dos títulos são estabelecidos durante esses leilões, que são abertos para investidores de todo o mundo. Depois de emitidos, os títulos são negociados no mercado secundário, onde investidores podem comprá-los e vendê-los a qualquer momento. 

Para investir nos T-bonds, é possível contatar uma corretora ou banco que ofereça a compra desses títulos em nome do investidor.

Em conclusão, para quem procura por investimentos de baixo riso e seguros, esses  são uma opção para a compra, já que podem ser considerados uma forma de preservação de capital, apesar dos baixos retornos oferecidos. 

Corporate Bonds

São um tipo de dívida emitidos por empresas de capital aberto, que são vendidas aos investidores financeiros. Em resumo, é como um empréstimo de um investidor a uma empresa, sendo que esta paga com juros até a data de vencimento do título.

fonte: bankrate.com

Como funcionam?

As empresas levantam dinheiro para emitir esses títulos, que oferecem aos investidores um retorno fixo em troca do dinheiro que eles emprestaram.

São títulos cuja finalidade está atrelada a financiar projetos, pagar dívidas, adquirir outras empresas ou realizar outros investimentos. Eles podem ter prazos de vencimento variados, desde alguns meses até décadas.

Geralmente os corporate bonds pagam uma taxa de juros melhor do que os títulos emitidos pelo governo., no entanto, não têm o mesmo respaldo de qualidade dos que são emitidos pelo Tesouro. 

Classificação dos corporate bonds

Por maturidade, os corporate bonds são classificados em três categorias:

1 – Curto prazo: vencimentos inferiores e 3 anos

2 – Médio prazo: vencimentos entre 4 e 10 anos

3 – Longo prazo: vencimentos em mais de 10 anos 

Agora, em termos de qualidade de crédito e risco, os títulos têm classificações – avaliadas por agências de classificação – que variam de AAA (o mais alto) a D (o mais baixo). Confira abaixo:

Avaliação de títulosGrau de investimento
AAAExtremamente forte
AAMuito forte
AForte
BBBAdequado
BBEnfrenta grandes incertezas, embora menos vulnerável no curto prazo
BEnfrenta grandes incertezas e tem mais vulnerabilidade de curto prazo a negócios adversos
CCCVulnerável
CCAltamente vulnerável ao não pagamento
CA inadimplência ainda não ocorreu, embora seja esperada
DInadimplência no pagamento ou falência
Fonte: thestreet.com
Investimento em Renda Variável

Nesse caso, tem como fazer subsídios em ações de pequenas, médias e grandes empresas. Também é possível investir no setor imobiliário nos EUA.

Isso é feito por meio dos REITs (real estate investment trusts). Eles funcionam como empresas que investem, prioritariamente, em imóveis físicos e realizam sua administração — semelhante aos fundos imobiliários negociados na bolsa de valores brasileira.

fonte: deltabc.com.br

Diferente da renda vinda do Tesouro, não é possível ter uma certeza referente à credibilidade. Quem compra a ação de uma empresa de renda variável, sabe que embolsará a valorização no papel no decorrer do tempo, porém, não há como saber de quanto será essa valorização. 

Exemplos de tipos de investimento em renda variável:

– Ações: negociadas na bolsa de valores, são a menor parcela do capital de uma empresa. Ao comprar uma ação, o investidor se torna sócio da empresa e lucra com a valorização de suas ações. 

Fundos imobiliários (FIIs): união dos recursos de um grupo de investidores que têm o objetivo de aplicar em conjunto no mercado imobiliário. 

fonte: comoinvesir.thecap.com.br

ETFs: são fundos de índice que são negociados na bolsa de valores como se fossem ações. Eles seguem um índice de mercado, como o S&P 500, o Dow Jones e a Nasdaq Composite. Adiante vamos falar mais sobre eles.  

– Opções: é o direito de compra ou venda de uma ação ou ativo financeiro em uma data futura e por um preço estabelecido. Podem ser usados como hedge ou para especulação.

– Contratos futuros: permitem que os investidores fixem um preço para compra ou venda de uma ação ou ativo financeiro em uma data futura, protegendo-se contra flutuações de preços ou visando lucro através da especulação.

As melhores formas de se investir nos EUA

Investimento Imobiliário: um dos mais conhecidos, o mercado imobiliário americano é muito desenvolvido e oferece diversas oportunidades de investimento.

fonte: imoveis jcm

Você pode comprar imóveis para alugar ou revender, ou investir em REITs (Real Estate Investment Trusts), que são fundos de investimento imobiliário.

Quando o mercado imobiliário nos Estados Unidos está em alta, principalmente em Orlando e Miami, atrai investidores de várias localidades do mundo, inclusive brasileiros. 

Bolsa de Valores: Como dissemos anteriormente, a bolsa de valores é uma das formas mais populares de investimento nos Estados Unidos. Há como investir em ações de empresas americanas que são listadas nas bolsas de NYSE e a NASDAQ, por exemplo.

fonte: cnnbrasil
nasdaq. fonte: cnn brasil

Investimento em franquias americanas: apesar de ser arriscado, pode-se gerar um rendimento alto. As franquias norte-americanas são uma ótima opção para se ter sucesso no país. 

fonte: wallpaperbrands

É um modelo de negócio que oferece diversas vantagens, como plano de negócios, assessoria empresarial e trabalhar com uma marca conhecida. 

Após utilizar o investimento inicial para comprar a franquia e abrir o negócio, o franqueado paga anualmente os devidos royalties. 

Se você é brasileiro e gosta da opção de expandir a cultura do país mundo afora, saiba que os Estados Unidos possuem uma grande quantidade de franquias brasileiras.

Títulos do Tesouro Americano: Os títulos do tesouro americano são uma forma de investimento em renda fixa, emitidos pelo governo dos Estados Unidos. São considerados um dos investimentos mais seguros do mundo, pois o governo tem um histórico de pagamento pontual.

Investimento por ETFs: em inglês “Exchange Trade Funds”, também conhecidos como ‘’fundos de índice’’, esses são fundos de investimento cujo desempenho medido é atrelado a um índice de referência. 

São opções que oferecem diversas vantagens e ajudam a compor a renda passiva, pois ajudam na distribuição de dividendos.  Além disso, há a possibilidade de se investir com pouco dinheiro. 

Segundo James Cherry, diretor de Conteúdo na Sproutfi (plataforma social de investimentos), há ETFs focados em diversos segmentos e indústrias. Exemplos: automotivas, tecnológicas, agricultura, energia, moda, focados em regiões (como mercados emergentes), entre outros. 

ETFs by asset size (1000 USD). Fonte: Wikipedia.

Entre suas vantagens está o baixo custo e a acessibilidade, simplificação da gestão de carteira, a transparência e a liquidez, além da possibilidade de serem utilizados em investimentos de curto ou longo prazo, além de como já dito, facilitar a diversificação. 

Comprar ações de empresas norte-americanas: é uma das melhores e mais comuns alternativas de se investir nos EUA. Para isso é necessário abrir uma conta em uma corretora americana. O site Cambionet disponibilizou uma lista das 6 melhores corretoras para se investir no exterior: Avenue, Interactive Brokers, Charles Schwab, Stake, TD Ameritrade e Banco Inter. 

Fonte: guiadoinvestidor.com.br
Quais são as vantagens de se investir por lá?

1 – Você pode aproveitar oportunidades de investir em mercados em ascensão

Uma das vantagens que podemos ter ao investir nos EUA é a possibilidade de conseguir explorar mercados novos que não têm muita abertura aqui no Brasil.

Por exemplo, podemos citar a indústria dos games, que lá é muito mais disseminada, no entanto, por aqui ganhou maior notoriedade durante a pandemia, devido ao isolamento social.

fonte: multiverso+

2 – Exposição a moedas mais fortes e à maior economia mundial

Quando moramos em uma economia emergente, como o Brasil, e desejamos investir em uma economia mais desenvolvida, uma boa opção é mudar a moeda na qual seu patrimônio é denominado. 

Por exemplo, se antes seu patrimônio era em reais e você decide investir nos Estados Unidos, automaticamente você já está exposto ao dólar, que é a moeda da maior economia do mundo.

fonte: farolnews

A desvalorização da nossa moeda, o real, em relação a outras moedas pode afetar negativamente o poder de compra dos investidores. Portanto, investir em moedas mais fortes pode ajudar a preservar o valor do seu patrimônio e proteger seu poder de compra.

De acordo com o jornal Forbes, a exposição em moedas fortes é uma estratégia importante para os investidores que desejam diversificar seus investimentos e minimizar os riscos associados a flutuações cambiais.

3 – Ter acesso a outros mercados e economias

Ter acesso a mercados e economias maiores e mais desenvolvidas é outra grande vantagem de investir no exterior.

Mercados maiores e mais maduros geralmente possuem empresas de maior porte e mais estabelecidas, com históricos de desempenho mais estáveis e previsíveis. Isso pode oferecer aos investidores uma maior segurança e confiança em seus investimentos.

É uma opção que vale a pena considerar para aqueles que desejam diversificar seus investimentos e maximizar seu potencial de retorno.

4 – Diversificação de investimentos

Ao investir nos mercados americanos, os investidores brasileiros podem diversificar suas carteiras e aumentar suas chances de ganhos.

Isso deve-se à possibilidade de acessar milhares de empresas e investimentos, sendo possível diluir os riscos e proteger seus investimentos em momentos de volatilidade.

Fonte: investidorsardinha.r7.com

Além disso, a exposição a uma moeda mais forte, como o dólar, pode suavizar as perdas no mercado doméstico e gerar uma melhor relação risco-retorno no médio e longo prazo. E, em caso de acontecimentos graves no país de origem, a parte do patrimônio investida no exterior fica protegida contra o risco doméstico, oferecendo mais segurança à carteira.

No entanto, é pouco provável que uma decisão ou fato ocorrido no Brasil afete o desempenho dos Estados Unidos. Dessa forma, investir no mercado americano é uma ótima forma de diversificar o risco geral da carteira e favorecer os resultados.

Há desvantagens?

Segundo especialistas, há mais vantagens do que desvantagens de se investir nos EUA. Porém, existem alguns pontos negativos que chamam a atenção. 

  • Risco cambial: as flutuações na taxa de câmbio podem afetar o valor e o retorno sob o investimento;
  • O investidor fica sujeito a ter taxas cobradas na hora da conversão;
  • ETFs estão sujeitos a tributações sobre o Imposto de Renda (IR). A alíquota pode ser de 15% sob os lucros;
  • Impostos: estrangeiros que investem nos EUA estão sujeitos a impostos sobre seus lucros. Esses podem ser elevados, o que pode reduzir significativamente o retorno do investimento (isso vai depender também do tipo de investimento);
  • Conhecimento do mercado: quem não está familiarizado com o mercado dos EUA pode enfrentar dificuldades em investir e tomar decisões. Dessa forma, é interessante ter o domínio da língua inglesa ou utilizar tecnologias para traduzir. O mercado dos EUA é complexo, o que pode exigir um conhecimento especializado e atualizado. 
Wall Street: Curiosidades

Conheça um pouco sobre a rua sede das maiores instituições financeiras do mundo e seu principal ponto turístico: uma escultura de bronze. 

Wall Street

A NYSE – maior bolsa de valores do mundo –  fica localizada em Wall Street – nome de uma rua na ilha de Manhattan, em Nova York. Wall Street é retratado em diversas mídias do mundo todo, por ser o grande centro financeiro mundial. 

Cena do filme “O Lobo de Wall Street”. Imagem: vanityfair.com

O nome Wall Street vem de ‘’Waalstrat’’, do holandês e que significa “rua da parede”, por estar próxima à muralha construída pelos holandeses, evitando assim, ataques britânicos –  na época, a cidade de Nova York se chamava “Nova Amsterdã”. 

Mapa do Sul da ilha de Manhattan da época a muralha existente. Fonte: suno.com.br
Fonte: Reuters.com

Quando a cidade foi invadida pelos britânicos, seu nome mudou para “Nova York” e o muro foi destruído. No entanto, o nome da rua de manteve, tornando-se “Wall Street” – “Rua do Muro” na tradução literal. 

O Touro de Wall Street

Um dos maiores símbolos do local, o Touro de Wall Street – ou Charging Bull – é uma escultura de bronze de 3,5 toneladas de peso e 3,4 metros de altura. Está localizada no Bowling Green Park, nas redondezas.

Fonte: thewallstreetexperience.com

A obra foi criada e presenteada à cidade de Nova York pelo artista italiano Arturo Di Modica, que a instalou em novembro de 1989 em frente à Bolsa de Valores de Nova York, no meio da noite.  

No entanto, no mesmo ano a escultura foi retirada do local pela polícia, o que causou uma série de repercussões que fizeram com que o touro fosse realocado em Bowling Green, onde está atualmente. Como ícone global do mercado financeiro e do capitalismo, o Touro de Wall Street é aberto ao público e recebe visitas de turistas do mundo todo, sendo um dos principais pontos turísticos de Nova York.

Por fim, se você está procurando investir, não hesite em conversar com um de nossos LifeStyle Planners e iniciar o seu planejamento financeiro.

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